segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Manter confidencialidade pode favorecer candidatos a emprego

Especialista destaca que, durante uma entrevista, a divulgação de dados sigilosos ou projetos estratégicos da companhia faz com que o profissional seja visto como alguém sem ética pelos contratantes

Patrícia Lisboa, repórter ds CIO Brasil

Quem ocupa uma posição de liderança nas organizações têm acesso a informações confidenciais e estratégicas. E, apesar de todo o cuidado desses profissionais em relação à divulgação de dados críticos, quando eles se sentam em frente a um potencial empregador, tendem a contar detalhes sobre projetos ou resultados obtidos em sua posição atual ou passada. O que fere os acordos de confidencialidade e passa uma imagem ruim para o potencial empregador.

De acordo com a diretora de TI e Telecom da empresa de recrutamento de executivos Fesa, Ana Luiza Loureiro Segall, muitas vezes os profissionais que estão pleiteando uma nova vaga detalham projetos ou resultados confidenciais obtidos por eles como forma de impressionar o potencial contratante. Mas, na realidade, isso tende a ter um efeito contrário.

“O CIO pode até mencionar que está envolvido em um projeto importante, mas deve, sem contar detalhes, deixar claro que se trata de algo confidencial”, diz Ana Luiza. Isso porque, segundo ela, além de respeitar acordos de sigilo corporativo firmados com a atual ou ex-empregadora, o candidato mostra credibilidade perante a empresa interessada em contratá-lo.

Para a especialista, quando o profissional usa informações confidenciais de uma organização para se promover, ele perde pontos durante a entrevista de emprego. “A atitude de revelar dados confidenciais demonstra pouca ética corporativa", alerta a especialista.

Na área específica de TI, a diretora analisa que há uma expectativa de que os CIOs já estejam maduros o suficiente para saberem qual é o comportamento ético durante uma entrevista de emprego.

Original em UOL

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